10 de set. de 2006

quem não cuida de si, que é terra, ..... erra


Facilidade em cortar certas pessoas da vida não tem uma relação direta com a facilidade (ou uma possível felicidade) em esquecer ou trocar este posto vago por um outro alguém.

É de amizades que estou falando.

É fato, eu tenho facilidade em talhar pessoas do meu convívio. Não desejo mal, não torço contra, não entro em uma competição de vaidade e vingança. Eu, simplesmente, não quero pensar na existência dessa pessoa. E ponto! Sim, é dessa forma que acontece. Se alguém não me traz o bem, não vou permitir que traga o mal.
Pode parecer que para mim, amizade é igual a brinquedo novo quando, cansei então jogo fora. Só que não sou eu quem brinca desse jeito. Eu corto quando a pessoa acha que pode brincar com a confiança e que ela nunca será abalada por um deslize. O problema é que quando a brincadeira deles vira hábito, o corte vem daí.

Intolerante, eu? Posso até ser para muitas coisas ou pessoas. Mas já dei muito tempo e agüentei muita coisa até o fatídico corte.
Acreditar demais nas pessoas? É, pode ser. Acredito muito mesmo. Mas não é pra acreditar? Caso contrário, eu simplesmente prefiro ser amigo da minha preguiça. Chamar alguém de amigo sem confiar e, pior ainda, sem acreditar nisso? Ah não, preguiça total!

Pessoas erram? Claro. Óbvio. Estamos falando de E.T.s por acaso? Pessoas erram muito. Eu erro muito. Mas procuro não ferir a confiança e os sentimentos de alguém ao errar. Coisa que não fizeram comigo tempos atrás.
Perdoar também é uma atitude nobre, não é? Então tenho alguns títulos de nobreza...que não me serviram para nada. Talvez para conseguir talhar no lugar e na hora certa.

Enfim, sinto saudades daqueles que um dia chamei de amigo. Mas não sinto saudades deles especificamente. Talvez da amizade que eu acreditava que existia.

Eu sinto saudades de verdade dos que estão mais longe. Nestes que continuo acreditando, e não pretendo o contrário. Quero vocês aqui perto de mim.

E aos outros, sorte na vida e sucesso no que se propuserem a fazer (consigo ou com os outros).
"será no fim dessa jornanda ..... nada"

2 comentários:

Anônimo disse...

Antonio, Antonio!
Cortar é o começo para novos galhos ressurgirem, mais verdes mais leves mais alegres. Cortar o galho ou podar as folhas que ultrapassam o limite da cerca, cortar o que não se quer mais ver ou ter ou não se tem mais função. Cortar é dramático as vezes mas cortar é necessário..."Eu sinto saudades de verdades dos que estão mais longe. Nestes que continuo acreditando, e não pretendo o contrário. Quero vocês aqui perto de mim." (Tá bom vou te quebrar o galho...Magiiina seu pedido é uma ordem! Fk com Deus)
BJO-Lê

Anônimo disse...

Antônio!
Calma... O fim dessa jornada a qual você trata não precisa ser "nada".
Lembre-se: a vida, de repende, pode vir depois de um simples click.
(a vida TEM que despertar diante de um click tão simples e tocante...)