Não sou formado em psicologia. Nunca quis ser a esponja da turma. Porém, alguma energia me conduz aos mais precisados de um ouvido atento. E faço isso de bom grado.
Nunca quis ser a esponja, mas aquele orgulho de ser confiável contrapõe o lado chato de ser a tal esponja. Gosto de poder dar conselhos. De ser o portador de segredos.
Só que tem uma hora que cansa! Todo mundo tem problema. Todo mundo tem decepções amorosas, insatisfações profissionais, desentendimentos familiares. E quando eu digo todo mundo, EU estou incluído nesse mundo. Ora bolas, e cá estou eu em alguma espécie de bolha ou diferente planeta imune às desolações?
Basta olhar aí na postagem abaixo.Tá vendo: problemas familiares e profissionais.
Agora me pergunta se algum amigo sabe que isso está ocorrendo. Saber sabe, mas pergunta se algum parou para sentar e ouvir. Fico horas e horas ouvindo-os reclamando da vida, da dificuldade de agir, do sol que está queimando a pele e, quando abro a boca para poder cobrar a minha parcela de atenção em minutos, o sinal toca. O recreio acabou. "Nossa! Brigadão pelas palavras, por me ouvir, ajudou muito."
Mas e eu? Era a minha vez. E chega o próximo recreio e vêm todos os coleguinhas cabisbaixos soltarem as línguas. E eu absorvendo e tentando ajudar.
Como odeio cobranças, quieto eu fico, decepcionando-me com pessoas, com amigos. A vida ensina que não existem pessoas perfeitas, que você aprende a conviver e amar as pessoas com seus defeitos e qualidades sempre mesclados e alternando-se. Eu sei. Amo meus amigos. E por amá-los sinto-me no direito de mandar todo mundo à merda porque quero falar, porque quero atenção. Eles entenderiam que não se trata de uma atitude mimada de um adulto chorão. Bom, alguns dois ou três entenderiam. Outros ainda não sei.
Ai! Chega dessa reclamação. Esse é o problema: sinto vergonha de reclamar, de ser infeliz. Vergonha de ter essa postura de vida. Vai ver por isso meus amigos nunca me escutam, porque não brigo para reclamar. Brigo comigo mesmo para achar graça em tudo. Não que eu queria parecer alegre e feliz o tempo todo. Fodam-se as aparências. Sou mau-humorado quando quero, fecho a cara quando quero. Resumindo: sou até bem azedo. Mas tento resolver tudo dentro aqui antes de sair de casa. Não resolvo porra nenhuma. É quando a reclamação é reprimida por uma risada. Isso pode ajudar a longo prazo. Já que para medidas instanâneas de alívio, com meus amigos não posso contar por mais que alguns segundos de lamúria.
Isso não vai mudar. Eu vou. O muro de lamentações está desabando.
Nunca quis ser a esponja, mas aquele orgulho de ser confiável contrapõe o lado chato de ser a tal esponja. Gosto de poder dar conselhos. De ser o portador de segredos.
Só que tem uma hora que cansa! Todo mundo tem problema. Todo mundo tem decepções amorosas, insatisfações profissionais, desentendimentos familiares. E quando eu digo todo mundo, EU estou incluído nesse mundo. Ora bolas, e cá estou eu em alguma espécie de bolha ou diferente planeta imune às desolações?
Basta olhar aí na postagem abaixo.Tá vendo: problemas familiares e profissionais.
Agora me pergunta se algum amigo sabe que isso está ocorrendo. Saber sabe, mas pergunta se algum parou para sentar e ouvir. Fico horas e horas ouvindo-os reclamando da vida, da dificuldade de agir, do sol que está queimando a pele e, quando abro a boca para poder cobrar a minha parcela de atenção em minutos, o sinal toca. O recreio acabou. "Nossa! Brigadão pelas palavras, por me ouvir, ajudou muito."
Mas e eu? Era a minha vez. E chega o próximo recreio e vêm todos os coleguinhas cabisbaixos soltarem as línguas. E eu absorvendo e tentando ajudar.
Como odeio cobranças, quieto eu fico, decepcionando-me com pessoas, com amigos. A vida ensina que não existem pessoas perfeitas, que você aprende a conviver e amar as pessoas com seus defeitos e qualidades sempre mesclados e alternando-se. Eu sei. Amo meus amigos. E por amá-los sinto-me no direito de mandar todo mundo à merda porque quero falar, porque quero atenção. Eles entenderiam que não se trata de uma atitude mimada de um adulto chorão. Bom, alguns dois ou três entenderiam. Outros ainda não sei.
Ai! Chega dessa reclamação. Esse é o problema: sinto vergonha de reclamar, de ser infeliz. Vergonha de ter essa postura de vida. Vai ver por isso meus amigos nunca me escutam, porque não brigo para reclamar. Brigo comigo mesmo para achar graça em tudo. Não que eu queria parecer alegre e feliz o tempo todo. Fodam-se as aparências. Sou mau-humorado quando quero, fecho a cara quando quero. Resumindo: sou até bem azedo. Mas tento resolver tudo dentro aqui antes de sair de casa. Não resolvo porra nenhuma. É quando a reclamação é reprimida por uma risada. Isso pode ajudar a longo prazo. Já que para medidas instanâneas de alívio, com meus amigos não posso contar por mais que alguns segundos de lamúria.
Isso não vai mudar. Eu vou. O muro de lamentações está desabando.
Melhor distribuir capacetes.
Um comentário:
Ow meu Deus que judiaria com essa criança...Sabe irmão quando precisamos nem sempre as pessoas nas quais colocamos nossas expectativas são capazes de nos ajudar, entender, ouvir. Algumas vezes por egoísmo mesmo pq estão preocupadas com suas coisas, outras pq não imaginam tão importante que pode ser isso de ouvir, acolher e tal.
Pode jogar um pedaço desse muro aqui pro meu lado sempre que precisar.
Não tem ouvidos e ás vezes tempo por motivos que não cabem explicar, mas, tem colo e muita energia boa SEMPRE!
Beijo
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