Natal é tempo de sininhos tocando. Árvores brilhando. Pessoas sorrindo. Comprando. Comendo. Correndo. Lotando qualquer lugar que se queira transitar. Natal é tempo de chuva. De ensopar o All Star. Ônibus lotado. Guarda-chuva voando. Simone cantando. Idêntico aos filmes com neve, ceias, amor e bla bla bla.
O Natal começou a ficar assim quando parei de dormir na sala para esperar o papai noel chegar. Quando aquela alegria que tomava conta do meu corpo na manhã de 25 cedeu lugar a uma aflição, também inebriante. Fico bêbado só de pensar nela passando para um lado sem cumprimentá-lo. Na discussão da véspera. Na decisão de ficar sozinho. Em vê-lo despencar num choro sofrido no meio do jantar. De achar que devia ter comprado mais presentes, ou menos. Gastado menos.
Uma vez apenas foi simples e repleto. Uma vez não foi obrigação. Não era há tempos.
Natal, já era tempo de mudar. De cessar esses clichês. De obrigações. De falsidade.
Natal é tempo de ir para a casa da avó. De abraçar. Sorrir. Comer. Beber. De o meu amigo oculto é alguém assim e devorar o assado da vovó. Enfim, de (toda mesmo) família. Com toda a sinceridade que existe em sua falsidade. E vice-versa.
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