Parei. Mas parei sem ressentimento. Nada de melancolia. Simplesmente parei.
Eu e o amor não nos entendemos muito bem. Como confiar em um sentimento tão falho?
Atitude desesperada? Não. Estou tranqüilo. De verdade. Simplesmente parei. Sem alarde.
Já parou para pensar que a confiança, a lealdade ou a fidelidade precisam ser sempre corretas e o amor não?
Os três primeiros não têm segunda chance. O amor sim. Ele não anda na linha, é influenciado pela insegurança, pelo ciúme, pela crise. Então, pra que confiar em um sentimento falho? Perde-se tempo sabendo que ao final tudo termina.
Já me chamaram de inocente certa vez, por imaginar o meu tipo de amor. Inocente seria se acreditasse, agora, que ele realmente existe. E já que não é possível emoções sem crise, prefiro continuar apenas com as minhas pessoais crises e emoções.
Crises me irritam. Insegurança me irrita. Falsa garantia me incomoda. O compromisso me subestima.
Falo do amor que descende da paixão, aquele que detém o desejo. Os outros amores são como a confiança, não podem falhar, não possuem o desejo pelo outro. São amores para a vida inteira. Amigos e família basicamente. Mesmo com pequenos infortúnios, eles estão ali e não decepcionam. Caso contrário, não eram o que deveriam ser, assim como a confiança se quebra uma única vez.
Caso fique cego de paixão, posso contradizer tudo isso. Única maneira de não raciocinar. Isso só aconteceu uma vez, e há dois anos. Acho pouco provável acontecer por agora. Preciso resolver velhas questões ainda. Acabar com um antigo arquétipo.
Enfim, parei. Os outros amores me bastam. Amo demais todos eles.
Pelo menos por enquanto estou me sentindo assim: leve. Sem a companhia de algo que vai me falhar um dia.
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